A investigação à morte da jornalista Zara Kazemi está parada, entende a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que expressou já a sua preocupação com este impasse junto do chefe da diplomacia canadiana e dos seus homólogos dos Quinze.
A RSF faz ainda notar que as autoridades iranianas não demonstram qualquer pressa em ver justiça feita neste caso, sem qualquer desenvolvimento desde que o julgamento do presumível assassino, um agente iraniano, foi adiado de 4 de Novembro de 2003 para data a fixar.
A organização apela aos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia e do Canadá para que assegurem uma investigação séria à morte da jornalista, para que os culpados sejam castigados e o corpo de Zara Kazemi repatriado para o Canadá.
Zara Kazemi foi sepultada em Shiraz, no Irão, a 22 de Julho de 2003, contra os desejos do seu filho Stéphan Hachemi, que vive no Canadá. Também a mãe da jornalista, que vive no Irão, pediu a repatriação do corpo da filha para solo canadiano, tendo mesmo assinado uma solicitação nesse sentido junto da embaixada do Canadá em Teerão. Todavia, revelou posteriormente que tem sido pressionada para autorizar que o corpo da filha permaneça no Irão.