INSI insta jornalistas a resistirem a andar armados no Iraque

O Instituto Internacional de Segurança na Imprensa (INSI) apelou aos jornalistas que resistam a andar armados no Iraque, na sequência do assassinato dos três profissionais da Al Arabiya no país.

A ideia dos jornalistas andarem armados surgiu numa conferência de imprensa, quando um repórter pediu ao presidente Jalal Talabani que permitisse que os jornalistas tivessem armas como meio de defesa, ao que o líder iraquiano respondeu “enviem-me um pedido oficial e aprová-lo-ei, informando as entidades devidas de que têm direito a estar armados”.

Rodney Pinder, director do INSI, acredita que o porte de arma não aumentaria, mas até diminuiria, a segurança dos jornalistas no Iraque, uma vez que o porte de arma autorizado reforçaria a ideia errada que alguns fazem dos jornalistas como pessoas ligadas a um ou a outro lado do conflito.

“É perfeitamente compreensível que os jornalistas no Iraque, que já sofreram tanto, pensem em medidas extremas para se protegerem, e nós solidarizamo-nos com eles. Mas é preciso ter muito cuidado para evitar qualquer acção que possa tornar a situação ainda pior, tanto a nível individual como para a comunidade informativa iraquiana como um todo”, acrescentou Rodney Pinder.

O director do INSI chamou ainda a atenção para o facto de um jornalista andar armado poder fazê-lo perder a protecção legal – por muito fraca que esta seja – que é concedida aos repórteres ao abrigo da Convenção de Genebra.

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