INSI considera 2006 o pior ano para os jornalistas

O relatório anual do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) relativo às mortes em serviço de jornalistas e profissionais de apoio no decorrer de 2006, contabilizou um total de 167 vítimas em 37 países, o que torna o ano passado no pior de que há registo para a classe.

Dos 167 mortos registados, 137 são jornalistas e 30 são outros profissionais ao serviço dos média, como tradutores ou motoristas, e na sua esmagadora maioria foram assassinados no seu próprio país, devido à sua cobertura de conflitos, crimes e casos de corrupção.

De acordo com o INSI, estes dados são preocupantes, uma vez que revelam “uma subida acentuada” relativamente a 2005 (que já havia tido o recorde de 147 jornalistas mortos), continuando o Iraque a ser o país mais perigoso, com 68 mortes registadas nas 52 semanas do ano transacto.

Na tabela dos países mais perigosos seguem-se as Filipinas (15), o México (8), o Sri Lanka (7) e a Guiana (6), país da América do Sul onde em Agosto um grupo armado entrou na tipografia do jornal “Kaieteur News” e matou cinco trabalhadores.

Na sua maioria, as vítimas registadas pelo INSI foram mortas a tiro, embora se tenham também verificado oito casos de pessoas espancadas até à morte, seis esfaqueadas, duas decapitadas, duas torturadas, uma apedrejada e uma sufocada intencionalmente. Além disso, 22 profissionais morreram em acidentes aéreos e rodoviários, nove em situações de fogo cruzado e um vítima de ataque cardíaco durante uma conferência de imprensa.

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