Inquérito global ao aumento da mortalidade jornalística

O Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) lançou a 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, um inquérito global ao aumento da mortalidade entre os jornalistas.

Esta iniciativa pioneira pretende examinar os motivos destas mortes e produzir um relatório e recomendações para acções internacionais com vista a diminuir a violência contra a imprensa.

O estudo será conduzido por uma Comissão de Inquérito composta por organizações noticiosas, jornalistas, grupos de apoio a jornalistas e juristas, que fará a sua primeira paragem em Kuala Lumpur, na Malásia, a 10 de Maio, para auscultação de jornalistas asiáticos.

A segunda sessão realiza-se a 23 de Maio em Doha, capital do Barém, e dirige-se a profissionais do Médio Oriente. Por marcar estão ainda reuniões na América Latina, nos Estados Unidos, na Europa e em África.

Nestes encontros, a Comissão de Inquérito irá ouvir relatos directos de jornalistas vítimas de violência, assim como governos, militares e organizações não governamentais, além de analisar relatórios e pesquisar em diversas outras fontes, prevendo-se que demore pelo menos um ano até as primeiras conclusões serem publicadas.

Nos últimos 15 anos, o número de jornalistas e trabalhadores dos média mortos em serviço superou os 1300, a maioria dos quais assassinado no seu próprio país devido à cobertura de assuntos como corrupção e crime.

“Faz todo o sentido lançarmos este inquérito hoje, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pois não há maior ameaça à liberdade de imprensa no mundo do que as mortes dos jornalistas que tentam manter informadas as sociedades livres”, afirmou o presidente da Comissão, Richard Sambrook.

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