Inquérito à morte de Terry Lloyd exigido à coligação anglo-americana

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e os sindicatos dos jornalistas do Reino Unido e da Irlanda exigiram hoje às forças invasoras do Iraque um inquérito exaustivo às circunstâncias que levaram à morte do jornalista britânico Terry Lloyd, no sábado, próximo de Bassorá.

“Falar no alegado «fogo amigável» ou em «bombardeamento de precisão» adquire uma dimensão terrível quando conhecemos as circunstâncias em que se deu este incidente”, disse o secretário-geral da FIJ, Aidan White. De acordo com a federação, a morte de Terry Lloyd foi provocada por disparos de forças da coligação.

Para Aidan White, “deve ser levada a cabo uma investigação exaustiva para se saber como um veículo transportando jornalistas, claramente identificado, pode ser submetido a um ataque desta dimensão. Isto não pode voltar a acontecer”.

Os companheiros de Terry Lloyd, o operador de câmara Fred Nerac e o tradutor Ossman Hussein, permanecem desaparecidos, enquanto o quarto membro do grupo, o operador de câmara belga Daniel Demoustier, foi ferido mas conseguiu alcançar as linhas da força invasora.

Segundo o testemunho de Daniel Demoustier, ambulâncias iraquianas estiveram no local após o acidente e levaram vários corpos para Bassorá, incluindo o de Terry Lloyd.

Encontram-se registados no Koweit 2.074 jornalistas e profissionais dos média, mas a FIJ acredita que o número total seja superior. Apenas 529 destes jornalistas estão incorporados em unidades militares.

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