Inquérito a escutas no Brasil culpa funcionário

O inquérito policial às escutas feitas a toda a redacção da “Rede Gazeta” no estado brasileiro de Espírito Santo concluiu que a responsabilidade do crime é de um funcionário da operadora telefónica Vivo que incluiu, por equívoco, o número da redacção na relação de telefones sob escuta.

A Federação Nacional de Jornalistas do Brasil (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo consideram esta conclusão “absurda” e entregaram ao ministro da Justiça documentos comprovativos de que os responsáveis pela escuta ilegal tinham pleno conhecimento de que o telefone era da Rede Gazeta.

Suzana Tatagiba, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo, afirma ainda que o resultado do inquérito não responde a nenhuma das questões levantadas a 9 de Dezembro de 2005, data em que foi feita a denúncia de escuta ilegal: quem mandou colocar sob escuta os jornalistas da Gazeta e por quê?

Para a FENAJ e o Sindicato, o cenário actual das investigações apenas reforça o pedido de federalização das investigações feito ao ministro da Justiça e à Procuradora Geral da República em 15 de Dezembro e que, até o momento, não mereceu qualquer resposta.

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