Indonésia deporta dois jornalistas

O repórter italiano Raimondo Bultrini, do “L’Espresso”, e o indiano Kumkum Dasgupta, do “Hindustan Times”, foram deportados pelas autoridades indonésias por falta de acreditação para trabalhar no país.

O responsável de imigração da província de Riau, Jumanter Lubis, disse à agência noticiosa estatal Antara que “embora os jornalistas possam trabalhar com vistos de turistas, devem obter autorizações para cobrir notícias junto do Ministério das Comunicações e da Informação”, algo que os dois profissionais não terão feito antes de acompanhar uma acção da Greenpeace contra a desflorestação ilegal em Samatra.

“A expulsão de jornalistas estrangeiros recorda-nos o passado autoritário do país, não o seu presente democrático”, frisou Shawn Crispin, representante do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) no Sudeste Asiático, considerando a deportação de Bultrini e Dasgupta como “totalmente incoerente com a recente melhoria das condições de liberdade de imprensa na Indonésia”.

Além dos dois jornalistas, que foram interrogados durante horas pela polícia, também dois activistas da Greenpeace foram deportados, o que revela a força política das empresas envolvidas na destruição das florestas tropicais do arquipélago, apesar dos impactos ambientais negativos dessa actividade para o futuro do planeta.

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