Index on Censorship entrega Prémios Liberdade de Expressão 2006

Uma jornalista tunisina, uma advogada do Zimbabué, um realizador iraniano e um funcionário do Partido Comunista Chinês foram os vencedores dos Prémios Liberdade de Expressão 2006 da revista “Index on Censorship”.

A jornalista tunisina Sihem Bensedrine recebeu o Prémio de Jornalismo Index/Hugo Young, por chamar a atenção para os abusos contra os direitos humanos no seu país, o que a levou mesmo a ser presa e a enfrentar assédios frequentes por parte das autoridades da Tunísia.

Ainda em África, mas no outro extremo, a advogada Beatrice Mtetwa viu o seu esforço de defender em tribunal vários jornalistas do Zimbabué, apesar de ameaças frequentes à sua segurança pessoal, valer-lhe o Prémio de Lei da Index.

Consequências mais graves do seu empenho pela liberdade de expressão sofreu o funcionário do Partido Comunista Chinês Huang Jingao, que usou a Internet para denunciar corrupção ao mais alto nível, sendo condenado a prisão perpétua em Novembro de 2005. Por esta atitude, recebeu o Prémio da Index on Censorship para Informadores.

Por fim, o realizador curdo Bahman Ghobadi ganhou o Prémio de Cinema da Index, por relatar os horrores do regime de Saddam Hussein no Iraque no filme “Sempre Se Pode Voar”, que em 2005 foi o grande vencedor do festival internacional de cinema português Festroia.

Este ano, a Index atribuiu também um novo galardão, o T.R. Fyvel Book Award, que foi entregue ao jornalista francês Jean Hatzfeld, autor dos livros “Na Nudez da Vida” (Caminho) e “Tempo de Catanas” (Gótica), que contêm, respectivamente, relatos dos sobreviventes e dos assassinos do genocídio ruandês em 1994.

Partilhe