Imprensa das Fiji sob pressão após golpe de Estado

Os militares que tomaram o poder nas ilhas Fiji, a 4 de Dezembro, e depuseram o primeiro-ministro Laisenia Qarase, estão a cercear a liberdade de imprensa naquele país do Pacífico, acusam a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI).

O “Fiji Times”, principal diário do país, foi suspenso a 5 de Dezembro após ter sido ameaçado de censura pelos militares, e o mesmo sucedeu ao “Fiji Daily Post”, cuja administração e trabalhadores foram ameaçados de morte por terem publicado informações sobre os planos dos golpistas dois dias antes do golpe ser levado a cabo.

Nas duas estações de rádio privadas do arquipélago, a Radio Fiji e a Communications Fiji, foi imposta a censura prévia; os repórteres estrangeiros foram impedidos de cobrir determinados eventos; e os programas informativos da Fiji Broadcasting Corporation foram suspensos.

Considerando que acensura e a intimidação não são respostas aceitáveis, a FIJ exigiu ao chefe de Estado-Maior das Forças Armadas das Fiji, Frank Bainimarama, que retire as tropas das redacções, levante as restrições ao que pode ou não ser noticiado e “mostre ao mundo que respeita e compreende a importância da liberdade de expressão”.

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