Um total de 230 profissionais da comunicação mortos fazem da Guerra do Iraque o conflito mais mortífero para a classe desde a II Grande Guerra Mundial, destaca um relatório da Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
O documento foi divulgado no dia em que foi morto mais um jornalista no país: Riyad Assariyeh, pivot de 35 anos no canal público Al-Iraqiya, assassinado ao sair de casa pela manhã.
No relatório, o terceiro da RSF desde 2003, a organização sublinha que 172 dos 230 profissionais mortos eram jornalistas, na sua maioria (87%) iraquianos, e que a região com maior número de homicídios de membros da classe foi Bagdade (77), seguida de Mosul (23).
A RSF destaca também o elevado número de raptos – quase uma centena ao longo dos sete anos do conflito, sendo que pelo menos 42 reféns foram executados e 14 permanecem desaparecidos.
“Suspeitos de colaborar com grupos rebeldes, os jornalistas iraquianos foram frequentemente detidos durante a guerra, quer pela nova administração iraquiana, quer pelo exército dos EUA”, realça a RSF, lembrando que, no início de Janeiro de 2006, o centro de detenção de Camp Bucca, no Sul do Iraque, era a maior prisão de jornalistas do Médio Oriente.