Greve na Tunísia em protesto contra tentativas de censura

Os jornalistas tunisinos fizeram greve a 11 de Janeiro, em protesto contra a violência das forças de segurança na repressão de manifestantes anti-governo em todo o país e contra as tentativas de censura da cobertura mediática dos motins contra a corrupção e o desemprego, os quais já provocaram mais de 20 mortos.

A onda de violência no país teve início há cerca de um mês, após o suicídio de Mohamed Bouazizi, um licenciado desempregado que se imolou a 17 de Dezembro em Sidi Bouzid após as autoridades o terem impedido de vender fruta sem uma licença, atitude que simboliza o desespero de muitos tunisinos com as condições económicas do país.

No dia da paralisação, um grande contingente policial cercou a sede em Tunis do Sindicato Nacional dos Jornalistas Tunisinos (SNJT), que contou com o apoio da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) na marcação desta acção de protesto.

Aproveitando a ocasião, a FIJ lançou um novo apelo pela libertação de Fahem Boukadous, correspondente do canal por satélite Tunisian Dialogue que está a cumprir uma pena de quatro anos de prisão por ter noticiado manifestações públicas contra o desemprego e a corrupção na cidade mineira de Gafsa, em 2008.

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