As movimentações sindicais em prol de melhores condições de trabalho nos órgãos de comunicação social europeus voltam a estar em evidência esta semana, designadamente em Itália e na Irlanda.
Em Itália, a redacção da agência Agr está a levar a cabo uma greve de sete dias nos serviços audiovisuais, que terminará a 12 de Maio, em protesto contra a não definição de planos para o futuro por parte da empresa.
Em comunicado datado de 29 de Abril, o conselho de redacção sublinhou o seu descontentamento com o adiamento, pela enésima vez, de uma resposta da empresa a perguntas sobre os planos para o futuro em termos editoriais e industriais, impedindo assim a definição de um rumo para tirar a empresa das dificuldades que atravessa há dois anos.
Convictos das potencialidades de uma agência multimédia como a Agr, os jornalistas pedem maior respeito pelo seu trabalho e solicitam à administração do grupo RCS, dono da Agr, a abertura imediata de uma negociação sobre soluções com vista à definição de um projecto de futuro para a agência.
Na Irlanda, os jornalistas da RTE votaram a favor de uma jornada de luta para reclamar pensões justas e equitativas para todo o pessoal. O resultado da votação foi claro, com 85 por cento dos profissionais a revelar-se favorável a medidas colectivas que enviem um sinal claro à administração de que os trabalhadores não vão continuar a tolerar um sistema de apartheid nas pensões.
O secretário-geral do Sindicato Nacional de Jornalistas (NUJ) das Ilhas Britânicas, Jeremy Dear, considerou esta tomada de posição bastante importante, pois vai ao encontro da agenda do NUJ, que tem entre as suas prioridades a luta por um sistema de pensões mais justo.