No próximo dia 15 de Julho, jornalistas da BBC vão fazer greve para contestar alguns despedimentos compulsivos que a empresa ameaça levar a cabo, ao mesmo tempo que “nega a centenas de outros profissionais a oportunidade de rescindir amigavelmente”, denuncia o Sindicato Nacional de Jornalistas (NUJ) britânico.
“Só queremos que a BBC gira o processo de despedimentos de forma humana e justa”, afirmou a secretária-geral do NUJ, Michelle Stanistreet, apelando a negociações urgentes para resolver a questão dos despedimentos compulsivos e para readmitir um profissional demitido do BBC World Service, isto caso a empresa pretenda impedir a paralisação desta sexta-feira.
“Não é correcto que as pessoas sejam forçadas a sair do BBC World Service no Reino Unido quando o Foreign Office concedeu 2,2 milhões de libras extra para os próximos três anos, como forma de mitigar os cortes. E enquanto os jornalistas estão a suportar o impacto destes cortes, a BBC continua sem atacar devidamente o grande problema do salário excessivo dos seus executivos”, acusa a dirigente sindical.
Segundo o NUJ, os números são “surpreendentes”, pois cada executivo de topo na BBC “recebe 21,5 vezes o salário médio da empresa e 47 vezes o salário mais baixo”, o que leva o sindicato a acreditar que “se o pagamento fosse mais justo” haveria menos postos de trabalho de profissionais da emissora pública em risco.
