Greve de fome silenciada no Chile

A greve de fome que 32 presos de comunidades mapuche estão a levar a cabo no Chile há mais de um mês está a ser silenciada pelos principais meios de comunicação do país, denunciou o Colégio de Jornalistas do Chile (CPC), cujo presidente, Rodrigo Miranda, exigiu a análise do caso pela Federação de Meios de Comunicação, entidade de auto-regulação do sector.

“No mínimo, parece-nos preocupante que este tema apareça apenas na agenda informativa dos meios e condenamos energicamente que isto ocorra”, afirmou o dirigente do CPC, salientando que, embora os jornalistas possam influenciar e sugerir as temáticas a cobrir, não são eles quem define o que é mostrado ao público, mas as chefias editoriais e até os proprietários dos meios de comunicação.

Acrescentando que o CPC irá solicitar um parecer sobre o caso ao Tribunal Nacional de Ética, Rodrigo Miranda frisou que “32 chilenos que não comem há 40 dias é notícia aqui no Chile como em qualquer parte do mundo”, pelo que a omissão desta situação nos média “não contribui em nada para uma democracia que deve estar devidamente informada sobre o que se passa no país”.

Partilhe