Greve de 48 horas na agência Efe em Abril

O comité intercentros da agência Efe agendou uma greve de dois dias para 22 e 23 de Abril, perante a ameaça da direcção de levar a cabo unilateralmente uma alteração substancial das condições de trabalho da redacção.

A 24 de Fevereiro, o presidente da Efe, Álex Grijelmo, anunciou a intenção de modificar os horários, com a eliminação dos subsídios correspondentes, o que afectará mais de metade da redacção, e de levar a cabo o despedimento de 30 trabalhadores, com entrada em vigor a 1 de Maio.

Para o comité, esta decisão implica “uma clara quebra do pacto de não agressão mediante o qual ambas as partes se comprometeram a não avançar com medidas unilaterais enquanto não tiver lugar um referendo sobre uma possível redução salarial”.

“O incumprimento do pacto alcançado a 3 de Março levou o comité a explicitar que acções vai adoptar se os trabalhadores disserem ‘não’ aos cortes salariais e a direcção não modificar a suas intenções”, sublinham os representantes sindicais.

Enquanto os trabalhadores aguardam a recepção das cartas de pré-aviso sobre as mudanças de horário, o que deverá acontecer dentro de dias, o comité intercentros decidiu interpor, na Audiência Nacional, uma queixa contra a direcção da Efe, por esta avançar unilateralmente com uma alteração das condições de trabalho, e recomendou aos trabalhadores que assinem as cartas acrescentando “Não conforme”.

Porta-vozes da direcção da Efe dizem que a situação pode ser reversível se, do referendo de 14 de Abril, sair um ‘sim’ e se se fechar logo aí uma negociação satisfatória para a empresa. Caso contrário, avisa o comité, os trabalhadores vão ver-se obrigados a levar a cabo as medidas de pressão anunciadas.

Partilhe