A Agência Nacional de Segurança (NSA) afecta ao governo transitório da Somália ordenou aos executivos da emissoras HornAfrik, Shabelle e Radio Banadir que deixem de dar notícias sobre as operações militares do governo e a fuga de civis da capital Mogadíscio, onde ferozes combates de artilharia provocaram pelo menos 12 mortes na segunda-feira.

Jornalistas locais contactados pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) afirmaram que até dia 20 a ameaça não tinha sido concretizada, mas o director da Radio Banadir, Ahmed Nur Ali, disse à organização que a NSA deveria providenciar um “código de conduta” escrito às estações nos próximos dias.

De acordo com o CPJ – que instou o governo somali a evitar o recurso à censura –, funcionários da NSA acusam as emissoras de “exagerarem na propaganda anti-segurança” e de darem tempo de antena a vozes da oposição através de programas abertos aos ouvintes.