O governo romeno declarou recentemente que é “incapaz de responder” às exigências de melhores salários com que concordou quando negociou o acordo colectivo com os média públicos do país, o que mereceu a condenação da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que classificou a situação como “inaceitável” e instou ao respeito pelos compromissos assinados com os sindicatos.
Segundo a FEJ, por motivos políticos a taxa de rádio e TV foi mantida baixa – está inclusivamente abaixo do que estava há cinco anos – e isso tem-se repercutido no orçamento da televisão pública SRTv, da rádio pública SRR e da agência noticiosa nacional Agerpres, onde agora se trabalha em condições precárias, sendo difícil fornecer programas de qualidade e manter os melhores profissionais da redacção.
A situação levou o MediaSind, sindicato de jornalistas romeno que pertence à FEJ, a apelar no seu congresso de 18 de Outubro a uma rápida e justa implementação do acordo colectivo, solicitando um aumento salarial geral de 25 por cento nos média públicos.
Além desta exigência, o presidente do MediaSind, Cristi Godinac, afirmou que “a despolitização dos órgãos de comunicação públicos e a adopção de medidas legislativas para diminuir as políticas de taxação nos mass média são essenciais”, uma vez que “os jornalistas não podem trabalhar sob medo, pobreza e corrupção”.
A contestação pública relativa a todas estas questões terá início a 23 de Outubro.