O fotojornalista freelance Giles Duley, de 39 anos, sofreu múltiplas amputações depois de ter pisado um mecanismo que activou uma bomba escondida, enquanto acompanhava uma patrulha a pé de soldados afegãos e norte-americanos em Sangsar, na província afegã de Kandahar, a 7 de Fevereiro.

O profissional britânico, que estava ao serviço da Camera Press Agency, de Londres, perdeu uma perna abaixo do joelho, a outra perna acima do joelho e o braço esquerdo abaixo do cotovelo. Sofreu ainda várias feridas superficiais e fracturou um dedo da mão direita.

Esta era a primeira vez que Giles Duley cobria operações militares, depois de uma carreira de cerca de dez anos como fotógrafo editorial no mundo da moda e da música e de colaborações em anos recentes com projectos humanitários, como os Médicos Sem Fronteiras.

Aplaudindo a coragem do fotojornalista e de muitos outros que, como ele, “se expõem a riscos pessoais extremos para nos relatar a negra realidade da guerra”, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) recordou o caso do fotógrafo português João Silva, do “The New York Times”, que em Outubro de 2010 pisou uma mina anti-pessoal no sul do Afeganistão, perdendo ambas as pernas e sofrendo outros ferimentos na explosão.