Fotógrafo espanhol agredido em Marrocos

Vários auxiliares da polícia marroquina agrediram a 21 de Maio, em Rabat, o fotojornalista espanhol Rafael Marchante, que estava ao serviço da Reuters a cobrir uma manifestação de licenciados desempregados frente ao edifício do parlamento.

Correspondente da agência noticiosa em Marrocos há quase dois anos, Rafael Marchante contou à Repórteres Sem Fronteiras (RSF) que “os auxiliares de polícia estavam a agredir violentamente os manifestantes, pontapeando mesmo jovens mulheres na face”.

Apercebendo-se de que a manifestação estava a ser fotografada, “cinco ou seis auxiliares aproximaram-se”, agarraram uma das máquinas do jornalista e agrediram-no. Quando ele apresentou a acreditação profissional, um homem que aparentava ser um superior hierárquico, rasgou-a e deu dois murros na cara de Rafael Marchante.

Protestando contra o sucedido, o Sindicato de Jornalistas da Andaluzia (SPA), recordou que este incidente se soma o outros similares registados nos últimos meses, a que se devem ainda juntar várias acções contra diversos meios de comunicação de Marrocos e a comprovada perda de segurança, “tanto para jornalistas autóctones como para correspondentes estrangeiros, em especial os espanhóis”.

Por esse motivo, o SPA solicitará explicações ao Reino de Marrocos através da embaixada daquele país em Espanha e instará o governo de Zapatero e o executivo da Andaluzia a exigirem garantias das autoridades marroquinas de que os jornalistas e fotógrafos podem trabalhar no território sem temer pela sua integridade física.

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