A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) solicitou às Nações Unidas que incluísse os jornalistas que trabalham em zonas de guerra no seu compromisso de protecção de civis e pessoal humanitário no Iraque.

Recorde-se que a 26 de Agosto, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou uma resolução sobre a protecção dos trabalhadores da ONU em áreas de conflito, na sequência do atentado da semana anterior em Bagdade, que vitimou o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Aplaudindo a medida, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, solicitou o mesmo tipo de compromisso para com os jornalistas, que estão entre os grupos civis mais vulneráveis no Iraque, como o comprovam as mortes de 17 profissionais desde o início do conflito.

A resolução do Conselho de Segurança reafirma a necessidade premente das várias facções envolvidas no conflito aderirem em pleno às leis internacionais e de direitos humanos e os termos do documento referem-se à protecção e segurança de pessoal da ONU e à necessidade de castigar os crimes cometidos contra os funcionários.

O texto dá ainda uma protecção mais alargada a todos os trabalhadores humanitários, especialmente os envolvidos em missões de assistência ou manutenção da paz levadas a cabo no âmbito da Carta das Nações Unidas e determina que as ameaças a estes grupos sejam consideradas crimes de guerra.