FIJ protesta contra prisão de sete jornalistas nos Camarões

Entidade condenou os responsáveis governamentais e, solidarizando-se com os profissionais e o sindicato local, reiterou a sua indignação com a situação.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) condenou o governo dos Camarões e protestou contra o facto de sete profissionais da comunicação social do país continuarem presos, considerando que, “assim que se registam crises sociais e políticas, os jornalistas estão, infelizmente, na linha de fogo para serem os primeiros atingidos”.

Manifestando solidariedade com os seus associados do Syndicat National des Jorunalistes du Cameroun (SNJC), Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, aproveitou a visita à cidade de Yaoundé, capital camaronesa, para se mostrar muito crítico com os responsáveis governamentais.

“A FIJ reitera a sua indignação face a este ataque à liberdade de informar e contra a liberdade de imprensa. Exorto as autoridades a libertarem todos os jornalistas presos, a quem manifestamos o nosso apoio, bem como às respetivas famílias. UM país que prende jornalistas não pode ser considerado uma democracia. Os Camarões integram a lista de tristes países onde isto acontece”, indicou Bellanger.

“Sete camaradas nossos estão presos sem que alguém saiba, de facto, onde se encontram. Com esta medida, o governo procura evitar manifestações junto aos locais de detenção”, resumiu Denis Nkwebo, presidente do SNJC.

“Todos os encontros que mantivemos com as autoridades para pedir a sua libertação foram infrutíferos e devemos lembrar os seus nomes: Tilarious Atia, Hans Achumba, Thomas Awa, Tim Fiennian, Amos Fofung e Morfaw Ndong”, afirmou.

Além destes seis casos, também Ahmed Aba (RFI) está preso, tendo sido condenado a 10 anos de prisão no passado dia 24 de abril, sob a acusação de “branqueamento de produtos de terrorismo”.

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