A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) rejeitou subscrever a chamada “Declaração de Madrid”, documento final do Encontro de Média Europeus convocado pelo governo espanhol no âmbito da presidência espanhola da União Europeia.
Para o encontro de 4 de Junho foram convocadas todas as organizações patronais e a Federação de Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE), e procurou-se simular a presença dos sindicatos com um convite à FIJ para falar sobre os direitos de autor dos jornalistas, mas sem direito a pronunciar-se sobre o tema central da iniciativa: “Os novos desafios” com que se debatem os média.
O protagonismo foi deixado para os patrões dos grandes grupos de comunicação social que repetiram o discurso da “crise” para reclamar mais políticas de desregulação do sector, ao mesmo tempo que reafirmavam o seu alegado compromisso de “promover elevados padrões éticos na auto-regulação da publicidade”, bem como o seu suposto respeito pelos direitos de autor dos jornalistas que violam sistematicamente.
A FIJ, através de Pamela Morinière, denunciou a demagogia patronal e exigiu a retirada do nome da organização da chamada “Declaração de Madrid”, em que abusivamente tinha sido incluído.