FIJ exige protecção para os média na Somália

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) denunciou a 31 de Maio uma série de incidentes que visam intimidar os jornalistas na Somália, e apelou às autoridades para que garantam a protecção dos média no país.

As autoridades de Puntland – Puntland Intelligence Service (PIS)– detiveram, a 24 de Maio, Mowliid Haji Abdi e Mohamud Abdirahman Rod, dois jornalistas da Somali Broadcasting Corporation, na cidade portuária de Bossasso. A detenção, embora curta, foi ilegal.

Noutro incidente recente, o jornalista Abdalla Nuradin Ahmed, da rádio HornAfrica, foi alvejado em Mogadisco, ficando ferido num ombro, no peito e na mão direita. O seu estado é considerado crítico.

Em Abril, a polícia de Puntland atacou os jornalistas e as instalações do semanário “Shacal” em Garowe, alegando que o jornal tinha difamado o presidente de Puntland. Na altura, jornalistas do “Shacal” foram presos e algum material do jornal destruído. O semanário está suspenso temporariamente.

Estes incidentes deploráveis, segundo o secretário-geral da FIJ, Aidan White, “reflectem a atmosfera geral de insegurança e anarquia em que os jornalistas e outros civis inocentes são alvo de violência e de intimidação”.

Condenando estas acções das autoridades de Puntland, a FIJ apela à libertação imediata dos jornalistas presos e ao fim da suspensão do “Shacab”, ao mesmo tempo que insta o governo federal da Somália a tomar medidas que garantam a segurança e protecção de todos os cidadãos e, em particular, que ponham cobro à pressão e intimidação dos jornalistas.

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