FIJ e jornalistas árabes exigem respeito pelo pluralismo

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação dos Jornalistas Árabes exigiram a criação de uma nova ordem mediática no Iraque que respeite o pluralismo bem como um inquérito exaustivo e rigoroso à morte de jornalistas e aos ataques contra os média durante a guerra.

A Cimeira de Rabat, que terminou a 12 de Abril, aprovou uma declaração onde se defende a criação de uma sólida organização profissional de jornalistas no Iraque, que assuma “o compromisso de defender os direitos sociais e profissionais dos jornalistas”.

A FIJ, cuja direcção integra alguns proeminentes jornalistas árabes, considerou o encontro um ponto de viragem nas relações entre os jornalistas do mundo árabe e os camaradas de profissão de todo o mundo.

“A construção da paz e da democracia implica a criação de empresas jornalísticas e de uma cultura jornalística profissional independente dos interesses políticos e da manipulação imposta a partir do interior ou do exterior”, disse o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

A Declaração de Rabat sublinha que a nova ordem mediática no Iraque “deve reflectir os mais elevados critérios de pluralismo, liberdade de Imprensa e independência editorial”.

Para Aidan White, “existe um acordo unânime em que a autêntica voz da liberdade de Imprensa na região seja ouvida quando se discutir um novo começo para os média iraquianos”.

As duas federações acordaram ainda num plano para promover o debate sobre os valores profissionais do jornalismo e encetar uma reforma nos países árabes. Uma comissão formada em Rabat irá elaborar o programa de um encontro sobre liberdade de Imprensa que decorrerá ainda este ano no Cairo. A FIJ e a FJA vão também criar programas de formação para jornalistas do mundo árabe, dedicado à defesa dos valores sociais e profissionais.

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