FIJ e FJA criticam Conselho Governativo do Iraque

Na sequência de uma missão realizada entre 19 e 24 de Janeiro de 2004 ao Iraque, representantes da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Federação de Jornalistas Árabes (FJA) enviaram uma carta ao Conselho Governativo do país, expressando as suas preocupações para com acções recentes deste órgão em relação à comunicação social.

Na missiva, a FIJ e a FJA criticam a suspensão da estação televisiva Al-Arabya, devido à transmissão de uma cassete de Saddam Hussein antes da sua detenção e as tentativas de banir palavras como ‘jihad’ e ‘resistência’ das reportagens de jornalistas iraquianos e impor um código de conduta redigido sem qualquer consulta prévia aos próprios jornalistas.

Estas preocupações são levantadas numa altura em que os jornalistas se indignam cada vez mais com a forma hostil como são tratados pelas autoridades ocupantes, as quais já desenvolveram uma sensação de impunidade no que respeita ao tratamento dado aos repórteres em trabalho.

Segundo ambas as organizações, o futuro do jornalismo no Iraque depende da capacidade dos próprios jornalistas iraquianos controlarem o seu trabalho profissional, razão pela qual estão a analisar formas de criar um movimento sindical nacional que defenda padrões profissionais e sociais dos jornalistas.

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