FIJ e FEJ exigem fim da violência contra jornalistas nas manifestações dos coletes amarelos

Mais de uma dezena de repórteres foram atingidos desde que começaram os protestos em França.

As Federações Internacional e Europeia de Jornalistas (FIJ e FEJ) exigiram o fim dos atos de violência contra repórteres em trabalho durante as manifestações dos coletes amarelos em França, instando os atingidos a que sejam apresentadas queixas.

“As violências repetidas contra os nossos camaradas franceses aumentaram desde o início da mobilização, implicando igualmente este fim de semana as forças da ordem”, resumiu Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ. “Esta violência é intolerável: é um ataque direto contra a liberdade de imprensa e, por conseguinte, contra a democracia. Exortamos os manifestantes e as forças da ordem a permitir que a imprensa faça o seu trabalho em segurança para que possa informar os concidadãos sobre aquilo que está a acontecer em França. Manifestamos solidariedade com os companheiros feridos e encorajamo-los a apresentar queixas”, acrescentou

FIJ e FEJ referem-se a “insultos, agressões e ameaças”, quer nos locais dos protestos, quer através das redes sociais desde o fim de semana de 18 e 19 de novembro. “Quinze repórteres fotográficos e da escrita foram já feridos, mesmo estando claramente identificados como elementos da imprensa”, lê-se no comunicado conjunto.

Ao mesmo tempo, Ricardo Gutiérrez, secretário-geral da FEJ, afirmou: “Apelamos às forças da ordem e aos manifestantes para que protejam os jornalistas que cobrem estes acontecimentos. Proteger os jornalistas no terreno é preservar o direito dos cidadãos a estarem plenamente informados”.

Com apoio das duas entidades, os sindicatos vão entregar um alerta ao Conselho da Europa.

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