FIJ e FEJ criticam encenação da morte do jornalista Arkady Babchenko

Federações Internacional e Europeia de Jornalistas lamentam um caso em que os serviços secretos ucranianos encenaram o assassínio do russo a viver em Kiev.

As Federações Internacional e Europeia de Jornalistas (FIJ) lamentaram a encenação da morte do jornalista russo Arkady Babchenko pelos serviços secretos ucranianos, sob alegação de que esta fora a forma de denunciar um plano russo para, de facto, o assassinar.

“Este evento será lembrado como o caso Babchenko”, refere a FIJ em comunicado, lembrando que o objetivo da profissão é “procurar a verdade e qualquer manipulação da informação pode atingir, de modo dramático, a credibilidade dos media e o jornalismo em absoluto”.

Já a FEJ condena, também em comunicado, “esta mentira e inaceitável manipulação da opinião pública”

A FIJ descreve como, um dia depois do anúncio da sua morte com três tiros nas costas quando chegava a casa, Babchenko apareceu numa conferência de imprensa com elementos dos serviços secretos em Kiev.

“Ao distribuir pormenores falsos sobre a sua morte, as autoridades ucranianas causaram sérios danos à credibilidade da informação e esta conferência de imprensa corre o risco de ser considerada uma operação de propaganda”, afirma Philippe Leruth, presidente da FIJ.

“Já não se trata de um simples caso jornalístico, mas antes de um circo completo, orquestrado por militares e um jornalista ameaçado de morte durante várias semanas”, constatou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ. “Mas é intolerável mentira a jornalistas à escala mundial e enganar milhões de cidadãos que se sentiram chocados com este crime que, afinal, não existiu”, acrescentou.

Partilhe