A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou ao Fórum Social Mundial de Porto Alegre e ao Fórum Económico Mundial de Davos para colocarem a liberdade de imprensa, a independência editorial e a governação aberta no topo da agenda do desenvolvimento global.
“Estes princípios são críticos para construir uma ordem mundial baseada nos princípios da democracia, da igualdade e da justiça social”, afirma a FIJ, no documento enviado aos fóruns que reúnem no próximo fim-de-semana (24 a 26 de Janeiro de 2003), no Brasil e na Suíça,
A federação apela ainda à acção internacional para combater a influência dos governos nos média, recordando que 70 jornalistas e profissionais do sector foram mortos em 2002.
A FIJ alerta para a descida dos padrões de qualidade dos média e para as condições sociais dos jornalistas. O documento pede a adopção de regras internacionais para limitar a concentração da propriedade dos média privados.
“Os média devem trabalhar segundo os padrões mais altos de confiança, qualidade e respeito pelos direitos humanos”, sublinha o documento, que defende um compromisso mundial pela diversidade e pluralismo nos média de grande difusão, “de modo a que em todo o mundo as pessoas tenham acesso a fontes de informação rigorosas e independentes”.
A globalização não terá êxito sem o respeito pelos direitos humanos, sublinha o documento: “As empresas globais de média devem respeitar os direitos humanos em todos os acordos comerciais e promover os direitos sociais e o diálogo dentro das suas empresas”
