A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) insurgiu-se contra a atitude do potentado dos média tailandeses, a Shin Corp, que exige 10 de milhões de dólares de indemnização num processo contra Supinya Klangnarong, um jornalista e activista da liberdade de imprensa
“Isto é um selvagem e punitivo exemplo de intimidação”, disse Aidan White, secretário-geral da FIJ. “Esta tentativa de arruinar um jornalista é um ultraje e indignará jornalistas de todo mundo. Apoiaremos Supinya Klangnarong e faremos tudo para denunciar esta injustiça”, acrescentou.
Supinya Klangnarong trabalha pela Campanha para uma Reforma Popular dos Média. Num artigo publicado no jornal “Thai Post”, em Julho de 2003, sugeriu que a Shin Corp era a maior beneficiária da política do primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra’s. É um facto que a família do primeiro–ministro detém uma participação maioritária da Shin Corp, que controla uma enorme parte do sector das telecomunicações e da radiodifusão da Tailândia.
A FIJ salienta que a 6 de Setembro, dia em que o processo de Supinya Klangnarong poderá ser julgado, também um tribunal da Indonésia poderá ditar a sentença sobre um caso de difamação contra três jornalistas, que estão em risco de cumprirem pena de prisão.
“Esta tendência repressiva é chocante”, considera a FIJ, que alerta para o facto de “incentivar a auto-censura dos jornalistas e é uma ameaça real contra a liberdade de expressão e a democracia”.