FIJ defende convenção da OIT contra a violência de género no trabalho

Ideia é pedir aos governos que assumam o compromisso de apoiar o referido documento, a debater em junho do próximo ano.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) vai integrar uma coligação internacional de sindicatos e grupos da sociedade civil com o objetivo de pôr termo à violência diária enfrentada no trabalho pelas mulheres, segundo revela a própria organização internacional de jornalistas.

Segundo a instituição, a ideia é solicitar aos governos que suportem uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que será debatida em junho do próximo ano, para que se acabe com a “epidémica” violência de género nos locais de trabalho. “O risco de exposição é, por vezes, superior no jornalismo e nos meios de comunicação.

Para as mulheres jornalistas, a violência e a intimidação não se verificam apenas em zonas de conflito – trata-se de experiências diárias”, refere a FIJ, lembrando que “quase duas em cada três mulheres que responderam ao questionário da Internationl Women’s Media Foundation (IWMF) sofreram intimidação, ameaças ou abusos relacionado com o seu trabalho”.

“O cumprimento das leis adequadas é crucial para prevenir a violência de género no local de trabalho e os sindicatos desempenham um papel fundamental neste campo, bem como para garantir que os direitos sejam respeitados”, indica Philippe Leruth, presidente da FIJ.

Até ao próximo mês de setembro, a coligação de entidades irá “exercer pressão sobre os governos e o patronato para que respondam à consulta da OIT acerca da necessidade desta convenção”.

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