FIJ critica fecho arbitrário de televisões no Quénia

NTV, Citizen TV e a Kenya Television Network (KTN) foram encerradas pela Autoridade da Comunicação local porque pretenderam cobrir “a tomada de posse” de Raila Odinga, líder da oposição.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) criticou o “encerramento arbitrário”, por decisão da Autoridade da Comunicação local, das televisões NTV, Citizen TV e Kenya Television Network (KTN), exigindo que o governo queniano reverta a decisão sem quaisquer restrições.

A decisão foi tomada depois de as cadeias televisivas manifestarem a intenção de cobrir a “cerimónia de tomada de posse do líder da oposição, Raila Odinga”, algo que o ministro do Interior, Fred Maitiangi, considerou “uma encenação de mau gosto”.

Notícias locais citadas pela FIJ acrescentam que Maitiangi ainda disse: “Essa encenação de mau gosto que seria a tomada de posse como presidente do povo foi uma tentativa de derrubar o governo e os media em causa foram encerrados por causa da sua cumplicidade no evento.”

“O encerramento arbitrário das estações de televisão é um assalto deliberado à liberdade de expressão e dos media no Quénia e revela um total desrespeito pelo direito fundamental dos cidadãos a receberem informação”, defendeu Philippe Leruth, presidente da FIJ. “Esta medida de encerramento é um abuso de poder destinado a intimidar os media privados e suprimir a liberdade de informar”, adicionou.

A FIJ lembra que Odinga perdeu as eleições presidenciais em agosto, mas recorreu e o Supremo Tribunal do país deu-lhe razão, anulando o ato eleitoral e marcando outro. Contudo, o candidato da oposição recusou-se a concorrer, sendo Ukuru Kenyatta, presidente em funções, sido eleito para um segundo mandato.

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