FIJ condena ataque à liberdade de imprensa no Zimbabué

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) considera o recente ataque do governo do Zimbabué contra a imprensa independente, que culminou na detenção de três jornalistas de um jornal económico em Harare, mais uma prova das tentativas de Robert Mugabe para silenciar vozes dissidentes.

A 10 de Janeiro, os jornalistas do semanário “Zimbabwe Independent” Iden Wetherell, Vincent Kahiya e Dumisani Muleya foram detidos pelas autoridades da capital depois do ministro da Informação Jonathan Moyo ter dito que um artigo que tinham escrito difamava o presidente Robert Mugabe.

Os jornalistas – que noticiaram que Robert Mugabe requisitou um avião da companhia aérea do Zimbabué para o seu serviço enquanto estava de férias com a família na Ásia – foram presentes a tribunal dia 12 e libertados sob fiança.

Para a FIJ, este novo atentado a uma das poucas publicações independentes no país é mais uma prova das tentativas de Robert Mugabe para silenciar vozes dissidentes. A Federação acrescenta que, sem que o público tenha acesso a informação objectiva, a porta fica aberta para abusos dos direitos humanos.

O episódio com o “Zimbabwe Independent” segue-se a meses de ataques contra o “The Daily News”, que esteve silenciado durante quatro meses e sob ameaça constante das autoridades.

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