FIJ condena ataque a fotojornalista palestiniano

Jafar Eshtaieh é também sindicalista e foi atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogéneo que lhe causou fraturas e hemorragia interna.

A federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condenou o ataque de que foi vítima o fotojornalista palestiniano Jafar Eshtaieh, atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogéneo que lhe causou fraturas no crânio e hemorragia interna.

“É inaceitável que os jornalistas sejam transformados em alvo e atacados na Cisjordânia. Exigimos às autoridades responsáveis e à comunidade internacional uma investigação urgente a todas as violações contra a liberdade de imprensa na Palestina”, defendeu Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

Também membro do sindicato palestiniano de jornalistas (PJS), Eshtaieh estava a trabalhar na Faixa de Gaza com outros camaradas que também foram atacados nos últimos dias: Yasser Tawil e Bader Najati estiveram sob fogo de armas pesadas, enquanto o fotojornalista Bilal Sabbagh e Yousef Sleih foram atingidos nos pés.

O PJS relata pelo menos 93 ataques a jornalistas, incluindo 78 levados a cabo por parte das forças de ocupação dos soldados israelitas, enquanto palestinianos realizaram os restantes 15 ataques. Detenções arbitrárias, espancamentos e julgamentos parciais são algumas das outras armas usadas para impedir que os jornalistas façam o seu trabalho.

Por outro lado, a FIJ refere que “muitos dos ataques ficam sem punição” ou acontece como o próprio Jafar Eshtaieh teve oportunidade de perceber ao ser atacado ao lado de outros quatro camaradas de profissão em 2012, perto de Kufur Qadoum: os soldados foram condenados e viram recusadas promoções. Porém, segundo o jornal Haaretz, Roman Gofman, o comandante de pelotão que ordenou aquele ataque, “continua nas forças israelitas, foi promovido a coronel e lidera o 7º batalhão”.

Partilhe