FIJ condena assassínios de dois jornalistas nas Filipinas

Os casos registaram-se na ilha de Mindanao que, por ordem do presidente, Rodrigo Duterte, está sob lei marcial desde o passado dia 23 de maio.

Rudy Alicaway, pivot do programa Tigmo-Tigmo na rádio DXPB 106.9, e Leo Diaz, colunista do jornal Sapol e repórter da Radio Mindanao Network, foram assassinados nos últimos dias na ilha de Mindanao, nas Filipinas, a qual tem estado sob lei marcial por ordem do presidente, Rodrigo Duterte.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) condenou os dois assassínios, deixando críticas a Duterte pela voz de Anthony Bellanger, secretário-geral da organização: “O presidente deve tomar medidas urgentes para acabar com os assassínios dos jornalistas um pouco por todo o país. A cultura da impunidade tem de terminar, pois esse é o único modo de a liberdade de imprensa se afirmar nas Filipinas. Preocupante é também o facto de estas mortes acontecerem numa região sob lei marcial desde maio, algo que coloca sérias dúvidas quanto à segurança dos jornalistas em Mindanao”, afirmou.

Recorde-se que o decreto de Duterte surgiu na sequência de violentos confrontos entre cidadãos locais e alegados elementos do Daesh na cidade de Marawi.

A FIJ lembra que os dois assassínios aconteceram apenas uma semana depois de Julito Orillaneda ter sofrido ferimentos graves na cabeça, no rosto e no pescoço como consequência de um ataque de que foi vítima quando estacionava o carro à porta de casa em Marihatag.

Desde 1986 já foram mortos 177 jornalistas nas Filipinas, um dos países mais perigosos para os profissionais da comunicação social – entre 1990 e 2015 foram assassinados 146 jornalistas no país.

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