FIJ apela a programa global por um jornalismo ético

O secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Aidan White, revelou que a organização está disposta a criar uma parceria profissional com outros grupos, com vista a lançar a Iniciativa por um Jornalismo Ético, uma campanha global que apoie trabalho prático que melhore os padrões e os níveis de ética no jornalismo e reforce a liberdade de expressão.

A proposta surgiu no decorrer da conferência Global Inter-Media Dialogue, organizada pelos governos da Indonésia e da Noruega em Bali, e pretende reunir grupos de jornalistas, editores, especialistas dos média e donos de jornais e meios audiovisuais, de modo a sensibilizar os média para as diferenças religiosas, étnicas e culturais, sempre sem comprometer o empenho para com a liberdade de expressão.

Para o dirigente da FIJ, um programa global deste tipo é necessário para enfrentar o papel crescente do conflito e da intolerância na sociedade, pois “o mundo está a tornar-se num lugar cada vez mais perigoso em que as comunidades são colocadas umas contra as outras por grupos políticos sem escrúpulos que exploram a ansiedade pública em relação ao crescimento do terrorismo e da migração”.

Recordando o polémico caso das caricaturas de Maomé, Aidan White afirmou que só um jornalismo profissional, ético e informado pode servir de antídoto a atitudes racistas, dado que pode servir de base ao diálogo entre as diversas comunidades.

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