FIJ apela à libertação de Sami al-Haj

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) voltou a apelar aos Estados Unidos para que libertem Sami al-Haj, operador de câmara da Al Jazeera, que está detido em Guantanamo há cinco anos e meio.

“Sami al-Haj nunca foi acusado de um crime e o governo dos EUA não conseguiu produzir qualquer prova credível contra ele. Ele deve ser libertado de imediato. Mantê-lo preso desta forma é desumano”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

Detido originalmente a 15 de Dezembro de 2001 no Afeganistão, quando atravessava a fronteira com um visto legítimo, Sami al-Haj começou por ficar preso na base militar norte-americana de Bagram antes de ser transferido para Guantanamo a 13 de Junho de 2002.

Desde então foi interrogado mais de 150 vezes, torturado, acusado de terrorismo, mas nunca foi formalmente acusado ou levado perante um tribunal. Aliás, os militares só reconheceram que o tinham sob custódia em 2006. Como forma de protesto, o jornalista chegou a fazer greve de fome, estando actualmente com a saúde bastante debilitada.

Além da situação em que se encontra Sami al-Haj, a FIJ alertou para o caso de Bilal Hussein, fotógrafo iraquiano que trabalhou para a Associated Press e que vai finalmente ser julgado após 20 meses detido por militares dos EUA, mas sem que o seu advogado tenha podido falar com ele a sós para construir a defesa, nem aceder à informação que está na posse da acusação.

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