A Federação de Sindicatos de Jornalistas (FeSP) congratula-se pela forma como os trabalhadores da comunicação social “exerceram de forma exemplar” o seu direito de aderir à greve geral de 28 e 29 de Março em Espanha contra a reforma laborar que o governo pretende impor.

Segundo a FeSP, a adesão foi total em muitos meios de comunicação e muita significativa noutros. Em algumas comunidades, como na Catalunha, Canárias ou Andaluzia, a adesão média à greve situou-se nos 75%, com alguns jornais diários e televisões a chegar aos 95%.

No comunicado hoje divulgado, a Federação manifesta ainda a sua compreensão para com os trabalhadores que se viram “obrigados a trabalhar e que não puderam aderir à greve devido às ameaças encapotadas ou declaradas dos respectivos chefes”, e lembra também que muitos desses trabalhadores – não tendo parado – nem por isso deixaram de participar nas manifestações de protesto que se realizaram em todas as comunidades.

Como nota negativa deste dia de luta, a FeSP assinala a atitude dos empresários dos media, sobretudo na imprensa diária, que recorreram a todos os meios para tentar fazer fracassar a greve. Alguns deles, sublinha a Federação, não se importaram mesmo de perder dinheiro para colocar nas bancas “edições paupérrimas que são uma falta de respeito para com os leitores e ofendem a dignidade desses órgãos de comunicação e dos seus trabalhadores”.

A FeSP lembra ainda que esta greve não foi o final da luta, antes o “primeiro passo dos jornalistas e dos restantes trabalhadores dos meios de comunicação para recuperarem a dignidade que lhes vem sendo roubada”.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) – em mensagem enviada aos camaradas da FeSP – manifestou a sua “profunda solidariedade” para com a justa luta que está a ser travada em “defesa dos interesses e direitos dos jornalistas” no país vizinho, desejando os maiores êxitos na greve e “muita força e coragem para os muitos combates que, tal como nós em Portugal, terão de continuar a enfrentar”.