FeSP rejeita reforma laboral

A Federação de Sindicatos de Jornalistas (FeSP) de Espanha repudia a reforma da legislação do trabalho aprovada hoje, dia 10, pelo governo, porque não serve para criar emprego, embaratece o despedimento e retira direitos aos trabalhadores.

Segundo a FeSP, uma das medidas mais graves aprovadas é a autorização de despedimentos colectivos sem a autorização prévia da autoridade do trabalho. Isto significa, pura e simplesmente, que as empresas podem fazer despedimentos desde que registem perdas ou diminuam os lucros durante nove meses.

Nos meios de comunicação social, refere a FeSP, que já perderam mais de 5000 postos de trabalho nos últimos três anos, esta reforma só vai servir para que as empresas despeçam de forma mais barata. A suposta “bondade” da medida – a contratação de jovens – servirá para agravar a precariedade que se vive no sector, refere a Federação, sublinhando que isso se reflectirá de forma negativa no trabalho dos jornalistas e, consequentemente, no direito fundamental dos cidadãos à informação.

A FeSP considera que esta reforma, afectando todos os trabalhadores, prejudica especialmente os jornalistas pelo facto de a profissão não estar regulamentada legalmente. A FeSP responsabiliza o PSOE e o PP por esta situação, já que não quiseram regular a profissão de jornalista para não enfrentarem os grandes grupos de comunicação social.

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