FENAJ vai continuar a luta pela autoregulação dos jornalistas

Apesar do chumbo do projecto do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) no parlamento brasileiro, ocorrido a 15 de Dezembro, a Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) afirma que “seguirá firme na luta” para dar aos jornalistas “o controle do seu destino”.

Recordando que o primeiro projecto de criação de um Conselho Federal dos Jornalistas foi arquivado pelo Congresso há 39 anos, a organização sindical brasileira diz que esta “não é a primeira, e não será a última vez” que os jornalistas se mobilizam por esta causa.

“Mais do que uma legítima reivindicação de organização profissional, o CFJ é um importante instrumento de valorização da profissão e de garantia de uma informação de qualidade, pautada em princípios democráticos e éticos”, defendeu a FENAJ, criticando o “assassinato” do projecto.

Lançando a maior parte das culpas sobre o parlamento, os empresários dos média brasileiros e “alguns jornalistas desinformados e/ou mal intencionados”, a organização apontou igualmente baterias ao Governo que, “se num primeiro momento compreendeu a justeza da reivindicação dos jornalistas”, mais tarde abandonou o projecto “à própria sorte”.

Apenas a bancada do PCdoB, “que rejeitou o acordo de lideranças para sepultar o projecto”, mereceu o louvor da FENAJ, que considera que o chumbo do diploma vai permitir que se mantenham as baixas condições salariais e de trabalho dos jornalistas no Brasil.

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