FEJ associa-se a vigília que vai homenagear Daphne Caruana Galizia

Organizações de jornalistas dirigiram carta aberta ao primeiro-ministro maltês e pediram reunião, pois vão visitar o país entre os dias 15 e 17. A 16 será o aniversário do assassínio da repórter de investigação e a FEJ associa-se à vigília organizada por família e amigos.

Responsáveis da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) associaram-se à vigília silenciosa que, no próximo dia 16, a partir do meio-dia, em Bruxelas, irá juntar familiares e amigos da maltesa Daphne Caruana Galizia, no dia em que se assinala um ano sobre o seu assassínio.

A FEJ divulgou o convite para o evento onde se lembra que, um ano passado, apesar da detenção de três suspeitos do assassínio com um atentado à bomba, “não há sinal de quem lhes deu ordens e porquê – e não é claro que esteja a ser feito o suficiente para que alguma vez se descubra”.

O documento lembra ainda que, desde então, outros dois jornalistas foram mortos em países da União Europeia: jan Kuciak, na Eslováquia, e Victoria Marinova, na Bulgária. Em comum, lê-se no texto, o facto de trabalharem sobre “corrupção, defenderem a democracia e o estado de Direito”. E os três morreram porque “não poderiam ser silenciados de outra forma”.

O convite termina com: “#JusticeforDaphne #JusticeforJan #JusticeforVictoria”.

Entretanto, responsáveis da FEJ vão deslocar-se a Malta entre os dias 15 e 17, apoiando várias iniciativas para assinalar um ano da morte de Daphne Caruana Galizia. Ao mesmo tempo solicitaram reuniões com o Governo e o primeiro-ministro, Joseph Muscat, além de encontros com diversas organizações da sociedade civil.

A Federação Europeia de Jornalistas juntou-se ainda a uma lista com mais de duas dezenas de organizações jornalísticas internacionais numa carta aberta dirigida ao primeiro-ministro maltês que solicita um “inquérito público independente” sobre o assassínio.

Partilhe