A maior organização de jornalistas do mundo lançou uma campanha contra o sexismo no desporto. A cerca de um mês do início do Mundial de futebol no Qatar, o Conselho de Género da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apela ao respeito pelos direitos humanos dos profissionais de comunicação social que vão trabalhar neste evento, especialmente mulheres e pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexo (LGBTI).
A Federação reconhece a complexidade da organização de um evento deste tipo e as controvérsias que têm surgido sobre a escolha de um país que está longe de respeitar a igualdade de género bem como os esforços feitos para superar esta situação. Recomenda, no entanto, que os organismos internacionais de futebol insistam junto das autoridades do país anfitrião, o Qatar, para que respeitem os direitos humanos de quem trabalha na comunicação social estrangeira e local.
A FIJ espera que a organização do Mundial se empenhe na erradicação de qualquer tipo de discriminação, incluindo a de género, em relação aos profissionais da informação. Esta exigência estende-se às equipas dos diferentes países e aos espectadores dos jogos.
A Federação espera também que os organismos desportivos internacionais façam chegar este apelo à Diretora de Comunicação do Mundial do Qatar, Fatma Al Nuami, na certeza de que estará vigilante a tudo o que diz respeito ao trabalho dos jornalistas neste Campeonato do Mundo.
A FIJ representa 600 mil jornalistas de 150 países.