Executivo da FIJ integra pela primeira vez um palestiniano

O presidente do sindicato de jornalistas da Palestina, Naim Tobassi, tornou-se o primeiro jornalista do seu país a fazer parte de um comité executivo da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A eleição histórica teve lugar no 25º Congresso Mundial da organização, que terminou a 30 de Maio, e entre os apoiantes de Naim Tobassi esteve o presidente do sindicato dos jornalistas israelita, Yaron Enosh, igualmente eleito, como suplente, para o mesmo órgão.

Na presidência da FIJ continua o australiano Christopher Warren, enquanto a vice-presidência senior passa a ser ocupada pelo dinamarquês Soren Wormslev. Nas restantes vice-presidências mantém-se a norte-americana Linda Foley e o argentino Osvaldo Urriolabetia. No cargo de tesoureiro da organização continua Jim Boumelha, da Grã-Bretanha.

Entre as caras novas no comité executivo estão, além do jornalista palestiniano, Khady Cisse, do Senegal, Osimura, do Japão, Uli Remmel, da Alemanha, Nikos Megrelis, da Grécia, e Paolo Serventi Longhi, de Itália.

Das 44 resoluções e declarações adoptadas no Congresso Mundial, várias abordam temas que serão prioridades da nova direcção, como a segurança, a gloabalização dos média e a solidariedade regional.

Em relação à segurança, as prioridades estão na promoção do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), criado em 2003, no treino para a segurança em todo o mundo e na exigência de que a lei internacional seja alterada de modo a garantir uma investigação independente dos casos de jornalistas mortos no campo de batalha.

Quanto à globalização dos média, os temas mais urgentes são a inversão da tendência global de concentração dos média, o fortalecimento do serviço público, dos direitos sindicais e das condições de trabalho e a defesa da qualidade no jornalismo.

No que diz respeito à solidariedade regional, foi defendido no Congresso que as redes regionais da FIJ se devem concentrar mais nas necessidades dos grupos locais de jornalistas, havendo planos para a criação de novas cooperações subregionais no Médio Oriente e na Europa Central e de Leste.

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