EUA tentam recrutar jornalista preso como espião

Alegadas tentativas de recrutar Sami Muhyideen al-Haj, um operador de câmara da Al Jazeera detido em Guantanamo, como espião ao serviço dos Estados Unidos, denunciadas a 26 de Setembro pelo jornal britânico “The Guardian”, mereceram críticas do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

Na sequência da notícia, a organização contactou as forças militares de Guantanamo e o advogado do jornalista e analisou cartas que o detido terá escrito, após o que avançou com um comunicado acerca do caso.

Considerando “preocupante” a eventual tentativa de recrutar o jornalista como espião em troca da sua liberdade, o CPJ diz que “o mais perturbador” é contudo a “detenção de longo prazo de Sami al-Haj, sem que existam provas de que ele cometeu um crime”.

Por isso, a organização exige que os Estados Unidos expliquem de forma credível os fundamentos da detenção prolongada de Sami al-Haj em Guantanamo como “combatente inimigo”, ou então que o libertem de imediato.

Sami Muhyideen al-Haj foi detido em Dezembro de 2001 pelas autoridades paquistanesas, quando estava ao serviço da Al Jazeera na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, sendo posteriormente entregue aos militares norte-americanos, que o encarceraram em Guantanamo.

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