Pedro J. Ramírez, editor do “El Mundo”, denunciou a 18 de Outubro que redactores daquele diário receberam cartas intimadoras da organização separatista basca ETA, o mesmo sucedendo à equipa da rádio e televisão basca Euskal Irratia Telebista (EITB).
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) expressou a sua preocupação perante esta situação numa carta dirigida ao ministro do interior espanhol, José Antonio Alonso, em que sublinha que a organização separatista “recomeçou a sua campanha de terror contra os jornalistas que não difundem os eventos políticos no país basco como a ETA deseja”, e apela às autoridades espanholas para que protejam os jornalistas e lhes permitam trabalhar normalmente.
Um dos jornalistas a exercer no país basco recebeu uma carta da ETA em que era informado de que o seu nome havia entrado para a “lista negra” da associação por o seu trabalho “não ser bom” e por agir como um “agente da polícia” e um “informador”.
“Você usa a palavra terrorista para se referir à ETA e aos seus elementos. Você encoraja as operações policiais e é a favor de uma solução policial para o conflito” – lê-se ainda na missiva recebida pelo jornalista, segundo a qual este também incita as pessoas contra o Movimento de Libertação Nacional Basco (MLNV) e se mostra satisfeito sempre que os membros da ETA são apanhados e torturados.