Estudo sobre retoma do emprego alerta para novos contratos não permanentes

Observatório sobre Crises e Alternativas divulgou documento com base “nos descontos das entidades patronais para o Fundo de Compensação do Trabalho e o Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho”.

O 16º Barómetro das Crises, cujo autor é João Ramos de Almeida e se intitula “Novo emprego. Que emprego?”, foi divulgado pelo Observatório sobre Crises e Alternativas, alertando para armadilhas incluídas no processo de retoma do emprego.

Sob a égide do Centro de Estudos Sociais (CES), coordenado por Manuel Carvalho da Silva, é indicado que, “dos dados disponibilizados, sobressai que a retoma de emprego se baseia, não em contratos permanentes, mas numa miríade de formas contratuais não permanentes, de baixa duração, muitos deles temporários e/ou de horários parciais, em permanente rotação, cuja remuneração média pouco se afasta da evolução do salário mínimo nacional”.

Além disso, “os contratos permanentes, que representavam apenas 33% dos contratos criados desde 2013 e que estavam vigentes a 15/5/2017, são assinados com remunerações base médias cada vez mais baixas, apesar da retoma consistente do emprego por conta de outrem, aproximando-se das remunerações base dos contratos não permanentes”.

Este é um estudo que se dedica “à análise da qualidade do emprego criado após a retoma em 2013, a partir de uma nova base de dados, baseada nos descontos das entidades patronais para o Fundo de Compensação do Trabalho e o Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho”.

Quanto à “divulgação pública do estudo, será feita em sessão organizada na Assembleia da República pela Comissão de Trabalho e Segurança Social em moldes a definir a breve trecho”.

A consulta ao Barómetro pode fazer-se aqui .