Documento que identifica falta de transparência nos meios de comunicação foi divulgado pela FeSP, teve coordenação do Centro de Estudos de Política Europeia e foi entregue ao Parlamento Europeu, resultando da análise realizada em sete estados-membros: Bulgária, França, Grécia, Hungria, Itália, Polónia e Roménia.
Falta de transparência na imprensa europeia e uma proposta com medidas para reforço dessa transparência é a conclusão de uma análise, coordenada pelo Centro de Estudos de Política Europeia (CEPS) e realizada no âmbito da presidência estónia da União para o Parlamento Europeu. A abordagem envolveu sete estados-membros (Bulgária, França, Grécia, Hungria, Itália, Polónia e Roménia), conforme refere a espanhola Federação de Sindicatos de Jornalistas (FeSP).
Intitulado “Análise comparativa da liberdade e do pluralismo de meios nos estados-membros da União Europeia, o estudo refere que “os sistemas mediáticos sofrem da existência de uma rede de relações não transparentes entre os poderes políticos e económicos em diversos países”. Isto gera “falhas sistémicas nos mercados de meios de comunicação”, traduzindo-se o fenómeno em “disfunções das democracias nesses países”.
Entre as medidas que os autores do estudo propõem ao Parlamento Europeu para reforço da transparência na imprensa europeia incluem-se “o acompanhamento periódico (bienal) dos riscos potenciais para o pluralismo dos media; uma diretiva específica acerca das ajudas estatais aos meios de comunicação; a revisão da diretiva de serviços audiovisuais que garanta a obrigatoriedade de os estados zelarem pela manutenção do pluralismo; a criação de uma base de dados transparente com informação sobre os proprietários diretos e indiretos dos media; a atualização da diretiva sobre comércio eletrónico nos aspetos que dizem respeito à responsabilidade das plataformas sobre conteúdos de terceiros; desenvolvimento de projetos educativos para criação, a longo prazo, de um sistema livre, plural e democrático de meios e o desenvolvimento de investigações relativas a fatores individuais que afetam o pluralismo, além de novas formas de comunicação de massas através da rede”.
O estudo na íntegra pode ser visto aqui.