Estudo destaca papel das mulheres em startups de media na América Latina

Segundo o relatório “Inflection Point”, elas integram lista de fundadores na maioria das empresas do género e estão a contribuir, de forma decisiva, para a realização de trabalho de excelência.

Em 62 das 100 startups de media estudadas pelo relatório “Inflection Point” há pelo menos uma mulher entre o grupo de fundadores e as mulheres representam 38% do total de fundadores. O documento, realizado pela SembraMedia em parceria com a Omidyar Network, foi divulgado pela International Journalists Network (IJF).

O estudo teve por base 25 entrevistas com fundadores de empresas do género na Argentina, Brasil, Colômbia e México, revelando dados para melhor avaliação dos fatores de sucesso em diferentes modelos de negócio, além dos melhores locais para a aplicação de recursos.

Casos como os de Economía Femini(s)ta, na Argentina, com criação de duas economistas, Mercedes D’Alessandro e Magalí Brosio; Aristegui Noticias, no México, fundada e dirigida por Carmen Aristegui; ou de La Silla Vacía, com Juanita León como co-fundadora e publicista, são referidos no documento como alguns dos mais reconhecidos pela excelência do seu trabalho.

Co-fundadoras da Sembramedia e responsáveis pelo estudo, Janine Warner e Mijal Iastebner são citadas pela IJF: “As informações sugerem que as mulheres estão a tirar partido de um contexto em que existem menos barreiras à sua entrada nas startups de media digital para contornarem obstáculos e, desse modo, criarem as suas próprias empresas de publicação.”

Num panorama de domínio masculino quanto à liderança dos meios de comunicação tradicionais, os dados são considerados “notáveis”, mas Warner e Iastebner, embora admitam que se trata de informação “significativa”, aconselham a realização de mais estudos.

Mais informação sobre o estudo pode ser vista aqui.

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