Os jornalistas Firas Hatoum e Abdel-Azim Khayat, da New TV, saíram a 31 de Janeiro em liberdade condicional, juntamente com o motorista Mohammed Barbar, depois de pagarem uma fiança de 500 mil libras libanesas (255 euros) e passarem seis semanas detidos.
Os três profissionais são acusados de “roubo” por terem entrado no apartamento de uma das principais testemunhas de acusação no caso de assassinato do antigo primeiro-ministro Rafik Hariri, arriscando-se a penas entre os três e os oito anos de prisão.
Recorde-se que, segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a equipa de reportagem da New TV entrou no apartamento de Mohammed Zouheir Siddik, a referida testemunha do assassinato de Rafik Hariri, com o consentimento deste e um ano depois da casa ter sido examinada pela comissão internacional de inquérito e de lá terem sido retiradas as provas necessárias ao processo.
Por não ter a chave da porta, a equipa de reportagem entrou no apartamento pela janela, com a ajuda do gerente do edifício e de um segurança. Tudo sob o olhar passivo de um polícia à paisana cuja função era vigiar o apartamento e que permitiu a recolha de imagens sem levantar problemas.
Só depois da exibição pública da filmagem, a 19 de Dezembro, é que o procurador Said Mirza ordenou a detenção dos três elementos da equipa de reportagem da New TV, do gerente do edifício e do segurança, acusando-os de roubo ao abrigo da lei penal libanesa.