Entrevista origina acção policial contra Sud FM

A polícia senegalesa interrompeu as emissões da Sud FM a 17 de Outubro, levando para interrogatório os trabalhadores da estação de rádio, pouco depois da transmissão de uma entrevista com um líder do movimento rebelde de Casamance, região na fronteira do Senegal com a Guiné Bissau.

As autoridades proibiram ainda a distribuição do “Sud-Quotidien”, um jornal do mesmo grupo de imprensa, que publicou o texto da entrevista com Salif Sadio, o líder do Movimento de Forças Democráticas de Casamance (MFDC) ouvido pela rádio.

Apesar de terem libertado os jornalistas no próprio dia, as autoridades do Senegal alertaram que “a emissão, retransmissão ou publicação da entrevista” com Salif Sadio continuava proibida “em qualquer meio de comunicação social”, dado violar as leis que defendem a ordem pública e a integridade e unidade nacional do Senegal.

Na entrevista em causa, Salif Sadio – dado como morto pela imprensa uns tempos antes – dizia não reconhecer o acordo de paz firmado em 2004, afirmando que continuaria a combater contra o “invasor” senegalês em Casamance, região que luta há mais de duas décadas pela independência.

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