Encontro Mundial de Correspondentes de Guerra em Cuba

Com o objectivo de reflectir sobre um início de século e de milénio marcado por conflitos armados, Havana acolhe entre 18 e 20 de Outubro o IV Encontro Mundial de Correspondentes de Guerra, uma iniciativa organizada pelo Instituto Internacional de Periodismo “José Marti” e pelo Clube de Correspondentes de Guerra da União de Jornalistas de Cuba.

Contando com a presença de jornalistas e investigadores de 20 países, este encontro tem abordado temas como o terrorismo e a guerra; o papel, lugar e missão dos correspondentes de guerra nos conflitos armados; a Internet como suporte de uma visão da guerra; as guerras esquecidas da actualidade; e a ética: vítima ou cúmplice das notícias de guerra.

Fizeram-se ainda relatos de experiências de guerra no Iraque, Afeganistão, Palestina e Venezuela; homenagens a colegas mortos no cumprimento do seu trabalho; a situação da Cruz Vermelha nos conflitos; e especulou-se sobre conflitos armados que podem estar a caminho e formas possíveis de os evitar.

A toada do primeiro dia do encontro foi de ataque aos Estados Unidos, quer nas intervenções de familiares do jornalista espanhol José Couso, morto por tropas norte-americanas no ataque ao Hotel Palestina, em Bagdade, quer nas declarações do presidente do Clube de Correspondentes de Guerra de Cuba, Gabriel Molina.

Segundo o Granma, este dirigente considerou os 45 anos de bloqueio norte-americano a Cuba como uma verdadeira guerra, acusando o governo de Washington de “terrorismo semântico organizado” ao chamar jornalistas independentes a elementos financiados por agências dos EUA para destabilizar a Revolução Cubana.

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